Faltando menos de um mês para o fim do ano, 2023 vai ficar marcado na história. Sabe esse calor que você sentiu durante boa parte do ano, inclusive nos períodos que eram para ser mais frios?
Pois é, nós já temos uma resposta para isso. O Relatório da Organização Meteorológica Mundial (OMM), divulgado no último dia de novembro, revelou um cenário assustador: o planeta Terra está 1,4 °C mais quente!
Para se ter uma ideia, até 2023, o título de ano mais quente era o de 2016, quando foi registrado um aumento de 1,2°C na temperatura.
Mas o que teria ocasionado esse aumento tão relevante? E quais são os riscos que isso traz para as nossas vidas? Como que a energia renovável pode ajudar a evitar esse problema mundial?
O calor e suas consequências no mundo
São tantos alertas sobre as altas temperaturas de 2023 que muitos de nós ficamos até perdidos, não é mesmo?! E junto com o calor, outros efeitos e fenômenos surgem com grande destaque, carregando outros riscos além do número marcado nos termômetros.
As emissões provenientes da queima de combustíveis fósseis, aliadas ao fenômeno natural do El Niño no Pacífico Oriental, levaram o mundo a registrar esses recordes climáticos neste ano.
Como resultado, a extensão máxima do gelo marinho na Antártica alcançou seu patamar mais baixo já registrado durante o inverno, aproximadamente 1 milhão de quilômetros quadrados inferior ao recorde anterior. As geleiras suíças também diminuíram em torno de 10% de seu volume remanescente nos últimos dois anos. Além disso, os incêndios florestais no Canadá consumiram uma área sem precedentes, representando cerca de 5% das florestas do país.
Como citamos anteriormente, o estudo da OMM apontou que estamos 1,4°C acima dos níveis pré-industriais. Isso significa que:
- Os níveis de gases de efeito estufa estão em patamares recordes;
- As temperaturas globais estão em níveis recordes;
- O aumento do nível do mar e a redução no gelo marinho da Antártida também bateram seus recordes.

E os impactos no Brasil?
Além dessas consequências mundiais, o Brasil registou uma série de adversidades relacionadas a seca e fortes chuvas nos extremos do país. Enquanto no Sul e Sudeste milhões de pessoas chegaram ficaram mais de 48 horas sem energia elétrica por conta de acidentes causados pelas tempestades e milhares ficaram desabrigados por conta das enchentes, o Norte e Nordeste registou a maior seca dos últimos 40 anos.

E para 2024, a situação pode ser ainda mais agravante. Isso porque o El Niño deve impactar o Nordeste com mais força, provocando uma “duríssima estiagem” de acordo com a comunidade científica.
Soluções para o aquecimento global
Líderes mundiais têm se reunindo na ONU, anualmente, para discutir e negociar soluções para amenizar o clima mundial. Os dois pontos mais debatidos são: a eliminação gradual da energia proveniente de combustíveis fósseis, principalmente com a adoção de fontes de energia sustentável, e o não cumprimento do Acordo de Paris.
Firmado em 2015 e assinado por 196 países, esse acordo tem como objetivo manter o aquecimento global abaixo dos 2°C acima dos níveis pré-industriais até o fim do século. Mas esse aumento, segundo especialistas, não pode ultrapassar a 1,5°C a fim de evitar consequências desastrosas no planeta.
Os combustíveis fósseis estão diretamente ligados às mudanças climáticas e à emissão de gases de efeito estufa. Por isso, a busca pelo uso de fontes renováveis de energia tem ganhado cada vez mais destaque no discurso dos países e das empresas. Isso porque, além dos prejuízos sociais e ambientais, o aumento da temperatura global também gera grandes impactos na economia.
O uso de fontes sustentáveis garante:
- Mesma eficácia da energia gerada por combustíveis fósseis;
- Diminuição de gases que contribuem com o aumento da temperatura;
- Cidades menos poluídas e, consequentemente, melhora na saúde das pessoas;
- Grande diminuição nos prejuízos de ecossistemas e meio ambiente;
- Usto competitivo para o mercado, seja nas indústrias ou residências;
- Acesso a comunidades isoladas, permitindo levar eletricidade a áreas remotas e mais pobres.
Em um mundo confrontado pelo desafio do aquecimento global, a busca por soluções torna-se imperativa para ajudar nosso planeta. Ao abraçarmos energias renováveis, promovermos práticas sustentáveis e adotarmos uma mentalidade consciente, estamos pavimentando o caminho para um futuro mais equilibrado. Sua utilização pode diminuir a energia mundial em até 1,5°C!
Cada escolha sustentável, por menor que seja, contribui para a construção de um ambiente mais saudável. Juntos, somos agentes de mudança, e através da inovação, educação e colaboração, podemos modelar um amanhã onde a harmonia entre a humanidade e a natureza seja a força motriz.
O desafio é global, mas as soluções também podem ser, e é através da nossa ação coletiva que podemos enfrentar e superar as adversidades climáticas, garantindo um futuro sustentável para as gerações vindouras.